quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Livro aborda a Comunicação como instrumento fundamentall rumo à Sustentabilidade

O ambientalista Vilmar Berna, diretor-fundador da Rede Brasileira de Informação Ambiental (Rebia) editor da Revista e do Portal do Meio Ambiente, está lançando mais um livro – o 20º de sua carreira literária – sobre o tema Comunicação Ambiental: reflexões e práticas em educação e comunicação ambiental”. Berna, que esteve em Macaé em maio deste ano para proferir palestra na III Feira de RSE Bacia de Campos, também participará da Feira e Seminário Internacional de Meio Ambiente Industrial e Sustentabilidade (Fimai 2010), nos dias 09, 10 e 11 de novembro, no Pavilhão Azul do Expo Center Norte, em São Paulo, onde o novo livro também estará sendo lançado.


No dia 10, o ambientalista fará uma palestra sobre Comunicação Ambiental, com início às 19 h e término às 20 h, tendo como debatedores o jornalista Dal Marcondes, editor geral da Envolverde e autor da apresentação do livro, o publicitário Rogério Ruschel e o jornalista Fabrício Fonseca Ângelo, autor do capítulo especial do livro sobre o histórico do jornalismo científico ambiental no país.



Segundo Vilmar, a mudança que todos queremos e precisamos rumo a uma sociedade sustentável, resulta de nossas escolhas. “Escolhas essas que são baseadas nas informações que recebemos, e é isso que abordamos nos textos”, afirma. Nesta nova publicação Berna apresenta experiências vividas desde o ínicio da década de 80, quando ajudou a fundar a Univerde e a ONG Defensores da Terra. “A democratização da informação Ambiental é estratégica para a sensibilização e mobilização da população à um modelo econômico mais justo e ambientalmente correto”, ressalta o autor.


Importância

Vilmar Berna afirma que o jornalismo ambiental é muito importante para a cidadania ambiental global, mas está numa encruzilhada. “O ser humano sempre usou o planeta como um grande armazém que tudo provê e como um grande depósito sem fim de nossos restos; isso trouxe progresso, sem dúvida, mas precisamos ter em mente que um novo modelo de desenvolvimento é necessário. Precisamos aprender a viver com o planeta Terra e não contra o planeta”, lembrou.

“O papel da mídia nesse momento é fundamental, pois ela vai possibilitar que, através da informação de qualidade, em quantidade suficiente, vá permitir que a sociedade faça escolhas corretas entre um modelo insustentável e sabidamente predatório e um modelo sustentável. Sem informação, a sociedade não tem como decidir, pois a informação vem sendo negada à sociedade através de diversas formas: ela não tem acesso ao plano de mídia, a informação é sedimentada apenas no bicho e na planta, excluindo o ser humano”, enfatizou.

Berna entende que a mídia não tem conseguido passar isso para a sociedade, que, segundo ele, precisa receber informação com qualidade e quantidade para poder ter instrumentos para colocar em prática esse novo modelo de consumo, que vai “atender às nossas necessidades, sem prejuízo para o atendimento das necessidades das gerações futuras”, como definiu muito bem a dinamarquesa Gro Brundtland o conceito de consumo sustentável.

O papel do jornalista, segundo Berna, é muito importante. “Há inúmeras publicações sobre temas diversos, como jardinagem, Feng Shui etc., mas não há uma que reflita sobre a complexidade ambiental do Brasil”, explicou. “O homem ainda hoje se exclui do meio ambiente. Ele acha que a questão ambiental é importante, mas como não é estratégico, para ele também não é relevante”, frisou.

O editor da RMA ressaltou ainda que foi entregue uma moção ao Secretário Executivo do Ministério do Meio Ambiente, solicitando a implementação do Grupo de Trabalho de Informação Ambiental, que já está criado desde 2004, mas nunca foi instalado. Para Berna, cada município deveria ter um órgão que atendesse ao desafio que todos nós jornalistas ambientalistas temos, que é o de falar para a sociedade e não apenas para nós mesmos.

Berna considera um “absurdo” que a mídia ambiental esteja competindo com a Veja, Rede Globo etc., pois, segundo ele, “não interessa a uma grande empresa poluidora anunciar em uma mídia que a critica”. Por fim, Berna defende que 5% das verbas com publicidade do governo devem ir para mídias ambientais.

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