sábado, 12 de dezembro de 2009

Curso de Especialização em Jornalismo Científico e Tecnológico

O Curso de Especialização em Jornalismo Científico e Tecnológico pretende formar profissionais especializados no exercício da divulgação científica, capazes de elaborar produtos de comunicação para imprensa brasileira, empresas de tecnologia e inovação, divulgação de projetos de empreendedorismo, elaboração de políticas de comunicação para as assessorias de instituições de pesquisa.

O Curso de Especialização em Jornalismo Científico e Tecnológico terá duração de 24 meses, estando previsto o seu inicio para março de 2010 e seu término para dezembro de 2011. É uma realização da Faculdade de Comunicação da UFBA em colaboração com a Pós-Graduação em Cultura e Sociedade da FACOM/UFBA e Pós-Graduação em Ensino, Filosofia e História das Ciências do Instituto de Física da UFBA-UEFS. Tem ainda como parceiros a Associação Brasileira de Jornalismo Cientifico - ABJC, a FTC Salvador (Faculdade de Tecnologia e Ciências), Fapesb e a Fiocruz-Bahia.

  • O curso possui um total de 14 disciplinas teóricas e três oficinas práticas. Compreende, ainda, uma série de seminários onde serão debatidos temas sobre saúde, biotecnologia, meio ambiente, ciência, tecnologia e inovação e sua interface com as mídias.
  • As disciplinas teóricas serão ministradas a cada 15 dias com carga horária total de 24 h/a. As oficinas serão ministradas semanalmente com carga horária total de 48 horas.
  • A frequência às disciplinas e oficinas do Curso é obrigatória, tendo como valor mínimo 75% (setenta e cinco por cento) das aulas ministradas.
  • O aproveitamento, em cada disciplina do Curso, será medido e expresso segundo os sistemas de avaliação de cada professor (a) do curso.
  • O Curso oferecerá 40 (quarenta) vagas.
  • O curso será pago no valor de 380,00 reais mensais que serão investidos no pagamento de funcionários administrativos da secretaria, técnicos em manutenção de equipamentos, pessoal de apoio, técnicos especializados e compra de materiais necessários para o bom funcionamento do curso ao longo de 24 meses.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Uma pitada de imaginação para divulgar ciência



Uso da literatura na recriação do saber científico torna difusão mais eficaz, afirma livro
Publicado em 26/04/2004 | Atualizado em 09/10/2009
A linguagem superespecializada e procedimentos rigorosos adotados pelos pesquisadores tendem a afastar a ciência das pessoas. No entanto, ela é um produto social como outro qualquer. Para diminuir esse abismo artificial entreciência e sociedade, a física mexicana Ana María Sánchez Mora propõe em seu livrodivulgação da ciência como literatura unir conhecimento científico e imaginação a fim de tornar público tudo aquilo que é desenvolvido pela ciência.
No começo do livro, a autora, que trabalha num órgão de divulgação científica ligado à Universidade Autônoma do México, traça um histórico da difusão da ciência. A necessidadeda disseminação do conhecimento nasce no século 17, junto com a ciência moderna. Atéentão, a filosofia natural e o discurso científicoeram mais integrados à cultura geral. Gradualmente, os cientistas se afastaram da sociedade e a ciência, graças ao acentuado grau de abstração adquirido, se tornou assunto de especialistas.
Para a autora, é nesse momento que adivulgação da ciência ganha um contorno diferente da atividade científica, pois passa a ser necessário um esforço adicional para se comunicar. No entanto, assim como não existe uma 'receita' específica para se pintar um quadro ou escrever um romance, a autora não tira da manga um método infalível que ensine como fazedivulgação científica, mas acredita que uma pitada de poesia pode garantir o sucesso do texto de divulgação.
Para que o processo de distanciamento da ciência por parte do público leigo sereverta, Mora propõe uma reintegração da cultura científica à convivência social por meio de um tratamento literário dos textos de divulgação. A autora acredita que a concepção de divulgação científica como literatura garante a aceitação epermanência do conhecimento que se quer transmitir.
O livro, que faz parte da série Terra Incógnita , contém trechos de diversos textos considerados clássicos da divulgação científica, como citações da edição de 1916 d' A teoria da relatividade especial e geral escrito pelo gênio da física AlbertEinstein para explicar suas idéias ao leigo. A maior parte desses textos é feita por cientistas renomados, como o paleontólogo Stephen Jay Gould e o astrônomo Carl Sagan.
A autora deixa claro que os melhores divulgadores de ciência seriam os próprios cientistas, por terem um conhecimento mais profundo da área. Ela propõe que os pesquisadores recriem o conhecimento científico por meio da inserção do literário para que a divulgação seja mais eficaz.
O livro ressalta a importância da divulgação científica tanto para o progresso científico quanto para o esclarecimento da população. Essa reflexão sobre a produção da ciência e sua disseminação interessa tanto aos pesquisadores quanto aos divulgadoree historiadores que trabalhem nessa área.


divulgação da ciência como literatura 
Ana María Sánchez Mora (trad.: Silvia Pérez Amato)
Rio de Janeiro, 2003, Casa da Ciência / Editora UFRJ
Telefone: (21) 2542-7646 / 2295-0346
115 páginas - R$ 20,00
Liza Albuquerque 
Ciência Hoje On-line
26/04/04